Postagens

Mostrando postagens de julho, 2006

Praça Roosevelt

É na calada da noite que as coisas acontecem Os vendedores de Pó aparecem As putas se intro-metem Alguns se travestem Na banca de jornal um homem com aparência normal Não parece trazer notícias do juízo AFINAL? Fernando Cibelli de Castro

Minuano

As folhas caem Vento sul O vento das A GO NI AS Vento de desgraças Trazes tragédias Afunda barcos Destroça os lares Destrói as plantações Para os místicos és Transporte seguro de almas penadas Vento sul Traz contigo a angústia Faz chacota das mentes sofridas Nuvens negras prenunciam frio Hemisfério sul Paralelo trinta Nada de sol O inverno castiga a todos Pés descalços Cuscos encarangados Palomas enroladas em cobertores Leilas em lareiras Robertas em estufas Prematuros em incubadoras Minuano perturbador Perturba a dor E segue teu rumo Leva embora o inverno Fernando Cibelli de Castro

Forasteiro

Desembarcar em terra alheia é desvendar coordenadas descobrir ruas singrar avenidas cruzar bairros identificar números decodificar sotaques descobrir aromas sentir saudades andar sozinho ouvir cantos pisar em grama alheia procurar o cruzeiro do sul será que ele está lá? É constelação de inverno Ou só guia os marujos dos mares austrais sob a brisa do verão? chuva que derrama-se nas calhas sol que queima a erva no campo dia que nasce azul noite que escurece negra flores que perfumam tua alma Fernando Cibelli de Castro em Joinville/SC

Dia sem sol

Quando o céu se fecha A dor bate dentro da alma Não há luz que ilumine o caminho Não tem força que espante os espíritos Não há opiácio que anestesie o sofrimento Fernando Cibelli de Castro